domingo, 21 de março de 2010

Quem me vê apanhando da vida duvida que eu vá revidar.


Então vem a certeza: cansei da superficialidade das pessoas. A capacidade humana de mentir e de tentar enganar o próximo. A falsidade. A hipocrisia. E essas almas tão rasas, que se tentassem parecer um corte, não conseguiriam chegar ao título de arranhão. Não quero parecer enganada, injustiçada, nem nada do gênero. Mas apenas expor, em algum lugar mais público que meus próprios pensamentos, o quanto minha mente se enche de indignação com as lastimáveis causas que a vida tem me imposto.
Não quero mais ter que atuar. Que entrar nesse joguinho tolo e “desfundamentado” que tudo tem me incentivado a ir. E não ligue para a minha bipolaridade, mas também não quero mais falar sobre isso.

quarta-feira, 17 de março de 2010

O mundo é um moinho

Ainda é cedo, amor, mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Presta atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
E em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinho
Vai reduzir as ilusões a pó
Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavastes com teus pés



domingo, 7 de março de 2010

Versos Perdidos


As frases não são minhas, mas as verdades são nossas. Na língua da poesia, vim escrever para você. Murmurando na chuva, como um refrão, a falta que você me faz. Só eu vejo o mundo com meus olhos e tudo que meus olhos podem ver é que eu fico completamente perdida sem você aqui.
Aquele filme não sai da minha cabeça. Como pode “eu” sem “você”? Não dá, não. No escuro de um poema qualquer ganido é bom pretexto e meu pretexto é convincente. Você faz falta. Posso perder minha mulher, minha mãe, mas não o meu rock’n roll. E você é meu rock’n roll. Puro, puro rock’n roll.
Solidão não cura com aspirina. A minha saudade ainda vai bater no teto, até um canalha precisa de afeto! Tanto amor em mim, em ti nem tanto. O sangue escorre na mesma ferida. E tudo isso pra não permitir que eu esqueça de você, como se fosse possível. Mas sempre que eu te via assim... lembra? Minha velha alma ainda cria alma nova. Como que eu fui meter a minha pobre alma nessa história?
Agora eu derramo sobre a cidade a minha dor, tal como o céu negro. Mas é que eu gosto de você com uma força bruta, não entendo bem. Gosto quase tanto como de mim. E agora a solidão é meu cigarro.
Não sei aonde você está agora... Arari, Nova Iorque... Mas, por onde você for, quero que leve um pouco de mim. De você eu levo uma quantidade tão grande e forte que nem todas as baladas do asfalto e outros blues seriam capazes de explicar. Escrevi teu nome no azul do firmamento, agora não tem como tirar você de mim. Faço sala pro tempo, esperando você voltar.
Essa noite não tem lua, eu vi com meus olhos. E I’m so alone, baby, tenho tanto tempo pra observar isso sozinha agora. Mas você me deve uma visita a Babylon e eu sempre cobro os nossos combinados, você é prova disso, hein? I’m alive like a rolling Stone, vamos pra Babylon!
Eu vivo triste, tristinha, mais sem graça que a top model magrela na passarela, mas é só ver você que isso tudo muda. Então pra que chorar? Tenho um canto, um velho endereço, vem me visitar. Com meus três pobres acordes, meu bem, acorde! Venha ver meu show.
Qual é a parte da tua estrada no meu caminho? Espero que seja a mais demorada e que você me acompanhe durante o percurso. Mas se tudo passa como se explica o amor que fica nessa parada? Você vai comigo aonde eu for. Fica bem, mas fica só comigo. Fiquei no osso, moço! Melhor que não se afaste, traste. Mesmo você sendo uma víbora e eu uma serpente, nos entendemos bem.
Você se foi, você partiu e partiu meu coração. Mas eu perdôo tudo se você voltar. Me promete que volta? Than there is a pair of us? Você me ensinou indiretamente como era público e sujo ser alguém. Devo tanto, tanto a você. Tu não tens noção do teu valor pra mim. Eu tocaria um samba de uma janota só por você. A sua beleza é bem maior do que qualquer beleza de qualquer salão. Então, meu amor, meu bem, me ame! Me leve de ultraleve de avião. Ando tão a flor da pele, se eu já era chorona antes, imagina agora. Metade da minha força foi embora com você...
Você é mau, maluco, malino, malandro. Me deixou aqui sozinha. Mas eu vou esperar você e quando voltar vai ser tudo a mesma coisa. Te espero até que marte nos separe. Porque nem todas as canções do Zeca embalariam nosso amor na intensidade devida.
(Quando você ler isso, se você chegar a ler isso, saberá que é pra você. Volta logo, baby. Não exagerei quando disse que estou morrendo de saudade e que tá difícil sem você. Tem um espação vago aqui e esse espaço é o seu. A gente ainda vai pra um show do Zeca junto e vai ser tudo lindo e maravilhoso, ok? Ahahaha... Não me troque por suas novas amiguinhas, sou ciumenta. E lembre sempre que eu vou estar aqui, até que marte nos separe. Beijo da serpente!)