terça-feira, 30 de novembro de 2010

'Sossega, o amor não é para o teu bico.'


     E o pior de tudo isso é saber que vai haver um dia onde você terá a certeza de que todo aquele suposto amor talvez não tenha passado da vontade de amar. Que todos aqueles momentos vividos não terão nenhum significado e que quando vocês se verem na rua, por acaso, talvez façam de conta que não se viram. Ou se vocês se falarem, vai ser aquela coisa morna, aquela falta de alguma coisa, aquele incômodo... Ou uma hipótese ainda pior: vocês vão conversar como bons amigos e verão que um não significa mais absolutamente nada para o outro. Boa sorte.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Dois de fevereiro

Era noite. Eu ainda estava deitada na cama desde que acordara e não tinha a mínima noção de que horas eram, só sabia que era noite. Sentia o mundo girar a minha volta e não tinha muito controle dos movimentos corporais, questionei-me um bom pedaço acerca de o que eu tinha feito no sábado e o que eu havia bebido que conseguiu me deixar naquelas condições. Precárias, diga-se de passagem. Não consegui me responder com clareza e decidi então não mais me preocupar com isso, não agora, isso fica pra depois. Pra ser bem sincera, eu não sabia muito bem o que fazer naquele momento, sabia que tinha sede e quis me levantar, faltou força. Força, coragem, vontade e tudo mais que você for capaz de listar por aí. Minha cabeça latejava de uma forma que pensei que não sobreviveria, infelizmente estava engana, sempre estive. Estiquei a mão e procurei um analgésico qualquer na mesinha de cabeceira, nada. Merda! Maldita a hora que levei os remédios para a cozinha. Tive que me levantar. Inicialmente meio trôpega, sai esbarrando nos móveis do quarto e segurei nas paredes do corredor que me levavam até a minha pequena cozinha, proporcional ao meu apartamento velho e surrado, embora muito organizado. Virginiana nata, metódica, até na minha bagunça havia uma espécie de seqüência, de seleção, o que tornava fácil encontrar qualquer coisa ali. Tomei dois analgésicos e um copo grande de água em apenas dois goles, senti a cabeça doer. Deitei no sofá da sala e tive uma vontade absurda de chorar naquela hora, ascendi um cigarro. Apenas dois tragos e o apaguei no cinzeiro. Quis levantar e arrumar a casa, mas reconheci que não era uma boa hora. Ainda trajava aquele mesmo vestido preto da noite anterior... Espera: quando foi aquilo mesmo? Procurei um relógio, havia acabado as pilhas do da sala e praguejei em voz baixa por ter esquecido de trocá-las. Voltei ao quarto e peguei o celular, que estava desligado, pus no carregador e tentei ligar, em vão. Receio que tenha acontecido algo. Procurei aquele outro e último relógio, o que você havia me dado,  que provavelmente estava no guarda-roupas e, bingo, exatamente duas da madrugada. Joguei-me no sofá mais uma vez e decidi que só sairia de lá quando lembrasse exatamente o que aconteceu. Depois de um tempo que não sei se foi longo ou curto, haja vista que deixei o relógio no quarto e não tenho noção de minutos, lembrei que havia saído de casa. Sozinha. Rua a fora nessa cidade sem vida, por becos e vielas à procura de um divertimento, de alguém pra conversar, sei lá do que. Comi uma pizza e tomei duas doses de vodka. Sai de novo, o que me fez lembrar de como é bom não dever satisfações a ninguém além de si mesma e não precisar premeditar as coisas. Lembrei também que nessa hora, depois de sorrir, senti uma vontade enorme de chorar e deixei ainda que duas lágrimas escorressem pelo meu rosto. Após limpá-las, resolvi que era hora de tentar esquecer a série de desventuras que minha vida se tornara e conseguir seguir adiante sendo apenas uma, sem nem um outro para completar. Até porque sou auto-suficiente. Até porque não adianta seguir um relacionamento a dois sozinha. Até porque você nunca foi digno do meu amor. Foi ficando tarde, meu sábado à noite não tinha mais tanta graça como antes e talvez fosse melhor eu voltar pra casa e dormir. Ao voltar, deduzi que talvez fosse melhor para em algum lugar antes e tomar algumas doses. Não duas. Não de vodka. conhaque talvez, estava frio. Assim o fiz, não sei bem que horas cheguei em casa, mas devo ter dormido até duas da tarde, mais ou menos. Quando eu peguei tua fotografia e desejei que tu estivesses ali, tu não estavas. Talvez nunca tenha estado verdadeiramente. Fumei dois cigarros e fui dormir de novo. E foi naquela hora que eu acordei, sabendo apenas que era noite. Não sentia mais sono, um cansaço estranho, não sono. Tentei dormir de novo e não consegui. Fui tomar um banho, estava suja por dentro de por fora. Dois minutos depois de entrar debaixo do chuveiro, senti que chorava e não eram só duas lágrimas, era intenso. Deixei que cada gota de água invadisse o meu corpo e lembrei do banho que Caio Fernando disse que queria tomar por dentro, eu sorri ao ver que sentia o mesmo. Sai dali e peguei o telefone, cheguei a discar seu número, mas não esperei chamar. Não te queria por uma segunda vez, por mais que quisesse. Você não poderia me atender, por mais que quisesse. Sorri também por saber que eu podia ser confusa como era, como sou, e por mais que isso me doesse às vezes, agradeci por ser também orgulhosa e por fingir pra mim mesma que eu não te esperava mais. Ao deitar naquela cama e me cobrir com aquele edredom que ainda cheirava a nós dois, quis ir embora. Pra onde? Não sei. Aquela casa não era um bom lugar pra mim agora. Mas não, eu não podia deixar que sua lembrança mal desejada pudesse tirar de mim até minha casa, meu cais. Talvez daqui a dois dias isso tudo fosse embora, não é? Ou menos até. Duas horas, dois minutos... Então eu adormeci de novo, mesmo sem sono, e tive um sonho tão real, embora tão utópico. Você comigo. Ao acordar na manhã da minha segunda-feira tomei duas xícaras de café bem quente e amargo, forte, da forma que eu me sentia. Passei numa floricultura e comprei duas flores, que deixei no cemitério sobre seu túmulo, antes de ir ao trabalho e tentar conquistar de volta aquela felicidade que eu só sentia quando vivia no plural, antes daqueles dois tiros terem tirado de vez tudo o que eu talvez tivesse. Um amor.

Quero você inteiro e minha metade de volta.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Um atalho

Ou um refúgio? Um medo estranho de mim, uma vontade enorme de encontrar, seja aonde for, uma válvula de escape. É que a questão é justamente essa, de escapar. Tudo o que eu quero me faz mal numa intensidade indescritível, essa minha tristeza só amplia o buraco negro que existe ao meu redor, onde tudo que tenta se aproximar acaba sendo puxado e jamais se aproximará de novo. Confuso, eu sei. Na verdade não sei, não sei se é claro, compreensível, mas não importa. Muita coisa tem deixado de importar pra mim, tão pouca coisa já importou um dia. Terminarei eu sendo um objeto qualquer, ou algum ser desprovido de capacidade de demonstrar e até sentir algo? Não sei. Vou buscar o atalho mais rápido pra fugir de mim, de você, da vida. Não aguento mais.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Paralelamente



                Eu me escondo de você. Por amor. Por não querer te assustar e fazer você pensar que talvez seja melhor deixar isso de lado. Não deixe. Não me deixe. Não é minha culpa. Eu apenas não consigo controlar minha pequenez e meus sentimentos de menina perante sua grandeza e atitudes de herói. Você me salvou. Foi a única coisa no mundo que me deu uma razão para  continuar vivendo, você, nós, nosso amor. Acho que nem posso resumir isso tudo a uma razão, mas sim a todas as razões possíveis e que alguém precisa pra continuar vivendo e amando viver. Como me sinto completa contigo. Qualquer dia ainda te peço pra me passar o segrego, essa fórmula mágica que só você possui, de conseguir arrancar sorrisos e suspiros meus e encher minha mente e o meu coração de uma coisa tão boa e tão poderosa na intensidade que só você consegue. Mas confesso que já é hora, que eu não posso mais me camuflar de figurante quando na verdade sou também protagonista disso tudo. Meu Deus, como é bom sentir isso. Tudo aquilo que eu achava que só existia em filme e agora transforma meus dias numa obra cinematográfica, o melhor romance de todos os tempos. Há uma leveza estranha, às vezes até um medo de que não passe de um sonho. Eu não pensei que fosse possível gostar de alguém com toda essa intensidade. Não pensei que qualquer lugar pudesse se tornar o melhor lugar do mundo. Eu não pensei também que eu pudesse ver alguém em cada detalhe de uma casa e eu vejo, eu te vejo. Em tudo. Eu já troquei todo o meu dicionário. Eis que agora quase todas as palavras são sinônimas. Amor, amizade, companheirismo, afeto, alegria, bem estar, tranqüilidade, paz, convicção, carinho, desejo, encantamento, felicidade, você. Exatamente por isso afirmo que não estou me sentindo justa com a gente. Preciso me mostrar. Você deve me conhecer na essência, saber de tudo o que sou capaz, de tudo que anseio, que espero. Vou me desfazer dessa capa de menina perfeita o quanto antes, só preciso da certeza de que você não vai se assustar comigo, nem deixar de me amar. Só quero a certeza de que você vai gostar de cada um dos meus defeitos do mesmo modo que eu sou apaixonada pelos seus. Só quero mais teus braços, mais teus abraços, mais teus beijos, mais teu amor. Uma dose bem forte de nós. Você bem perto de mim. E a gente nesse ciclo perfeitamente interminável, sem essa saudade transbordando pelos olhos. Quero diminuir essa distância a proporções tão pequenas que se tornem imperceptíveis. Quero seu rosto colado no meu e nossos passos caminhando juntos a um mesmo destino.

domingo, 21 de novembro de 2010

Não tenho dúvidas que eu queria estar mais perto




"Não é porque eu sei que ele não virá que eu não vejo a porta já se abrindo."


sábado, 20 de novembro de 2010

Indignação.

Estava eu a visualisar humildemente a minha caixa de entrada, quando me deparo com um e-mail intitulado de "Ignorantes!". Não sei se por falta do que fazer ou por curiosidade, decidi abri-lo antes de apagar. O conteúdo tratava-se de diversos "flagras" feitos em alguns sites da internet (no caso, facebook e twitter) xenófobos, referentes ao Nordeste. Segue o print:






























Primeiramente, gostaria de me identificar como uma brasileira, nordestina, paraibana e DO INTERIOR. Nasci e passei a maior parte da minha vida na cidade de Pombal, sertão paraibano, com pouco mais de 30 mil habitantes e com um nível de desenvolvimento baixo. Recentemente, devido aos estudos, passo a maior parte dos meus dias em outra pequena cidade aqui perto, Sousa, pouca coisa maior que Pombal. Nunca tive vergonha de ser de onde sou, pelo contrário. A cultura do meu estado e das cidades onde morei é de uma riqueza incomparável. 

Tenho esse blog como a única forma de me expressar publicamente e quero utilizar disso pra retratar o tamanho da minha indignação perante a pequenez desses seres. Há tanto para ser falado, que confesso estar meio perdida em como começar, mas enfim... Antes a defesa:

@mayarapetruso devia saber que sem os nordestinos que migraram para sua tão amada São Paulo, a cidade não funcionaria. Sim, era muito bem feito, e eu realmente AMARIA ver todos os meus conterrâneos voltar para cá. Além de que teria a certeza de que a grande São Paulo pararia por não conseguir seguir adiante sem todas as babás, os pedreiros, empregadas domésticas e todas mais profissões de grande valor que são desvalorizadas por alguns. Pessoas menos favorecidas economicamente, que têm a ilusão de que o Sudeste é a solução para todos os problemas, e não é. Observa-se isso pela quantidade de gente que volta de lá transtornada e arrependida de ter saído da terra Natal. Nordestino não é gente? Lógico, querida, sua conceituação de GENTE é equivalente à minha de GENTINHA. E o que seria GENTINHA pra mim? Pessoas ignorantes, burras e vergonhosas como você. Não possuidoras de um pensamento crítico e bitoladas por ideais preconceituosos e idiotas. Se alguém tem que ter pena de alguém nessa história, esse alguém são os nordestinos, posso te assegurar.
... Quanto à "bolsa 171", sou contra esse tipo de campanha afirmativa e condeno o governo por esse comportamento, mas gostaria de lembrar-lhe que o Nordeste também paga impostos e que o programa é para o Brasil como um todo. Sem mais.

@Dannymiguxas. O que esperar de uma pessoa que se auto-titulou "Dannymiguxas"? Acho que é melhor poupar caracteres para os proximos.

@vgiovanna O que não deveria existir é gente com uma capacidade mental reduzida como a sua, que aposto não conhecer sequer o significado da palavra ignorância e ser um exemplo vivo desta.

@kevenpancho Jogar a culpa nos outros é algo fácil, não é? Difícil é ter decência para assumi-la e não covardia para se esconder atrás da bandeira de um Estado.

@Pedrocamarguito nem sequer possui noção gramatical, então evito maiores comentários.

@renatamol eu não custo a entrar em luto, acho que o Brasil inteiro deveria entrar junto comigo, por saber que aqui existe gente com uma mente tão fechada e tão sem bom senso. Realmente é uma pena.

@fabiocampa Sabe o que significa escória? Ou achou a palavra bonita quando viu em algum outro twitter desprovido de qualquer força intelectual?

@iuri_95 Nos acusou de sermos analfabetos e de possuirmos a cabeça chata... tsc, tsc, tsc. É isso que dá as mães deixarem os filhos soltos na internet como hoje em dia, as crianças não têm conhecimento necessário para sequer raciocinar e dá nisso, vão falar besteira em site de relacionamento. Eu poderia ignorar esse comentário, mas não. Esse é digno: Foi da minha pequena e pacata cidade do interior paraibano que saiu o maior economista brasileiro, Celso Monteiro Furtado. Numa cidadezinha aqui ao lado, Aparecida, pouco mais de 7 mil habitantes, há um concurso de poesias conhecido internacionalmente e conceituado como um dos melhores. Evito falar sobre os outros tantos gênios que sairam do meu Estado, como Ariano Suassuna, Hebert Viana, Zé e Elba Ramalho, pois você provavelmente nunca ouviu falar deles. Ocupa sua mente com Justin Bieber e Lady Gaga, aposto, porque isso sim é cultura! Porque isso sim é mostrar ser uma pessoa descolada e moderna, não é? Segue em frente, querido. Vou torcer pra que você consiga desenvolver seu psicológico e aprenda ao menos a separar o vocativo da oração por vírgula, ok?

@rachelmorelli não sabe usar pontuação e chama os nordestinos de antas. rs

@joelhob implicou tanto com o ORGULHO de ser Nordestino que senti até uma ponta de inveja.

@luquinh4x "twittou" recentemente o seguinte: "Regra são regras... Se não tivermos regras, somos apenas selvagens !" Sinto-me tentada a dizer o seguinte: que devia haver um plural na primeira "regra" citada, e que ele devia começar a respeitar as gramaticais antes de escrever qualquer coisa, rs. E que pra ser selvagem, não só é preciso descumprir regras, mas ter pensamentos pequenos como os dele próprio. De julgar uma determinada pessoa por a região em que vive. E digo mais: de julgar uma região que com certeza desconhece. Nenhuma ANTA SUDESTINA pode negar a beleza das nossas praias e o privilégio que é viver nessa terra LINDA, de pessoas SIMPLES, que conhecem o verdadeiro VALOR do verbo viver. Que têm um céu bonito pra olhar, e não possuem um ar sombrio e cinzento cobrindo suas cidades.

@_mahromano EU ME ORGULHO. E não, não vou me matar.

@guibianchi_ Diz que nordeste é igual a atraso... Peço agora que conceitue evolução.

@fabiocampa Seria um prazer nos desfazer de pessoas como você, separar nossas áreas. Mas conheço muita gente legal que tem o desprazer de ser conterrâneo seu e não merece isso. E o "isso" que eu me refiro, é de ficar preso a imbecis da sua espécie.

@purityart é mais um revoltado sem noção gramatical e sem bom senso.

@Toccafondo: só avisar que "cu" não é acentuado, ok? hihi

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Analisando o nível intelectual dos donos das afirmações, creio que já se pode analisar com mais realidade quem são as antas, os idiotas, o atraso e a vergonha brasileria! Sim, VOCÊS SIM SÃO A ESCÓRIA DA HUMANIDADE. E finalizo com uma frase do Ariano: "Não troco meu 'oxente' pelo 'ok' de ninguém!"

A todos, um bom fim de semana.





quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Alone

From childhood's hour I have not been
As others were; I have not seen
As others saw; I could not bring
My passions from a common spring.
From the same source I have not taken
My sorrow; I could not awaken
My heart to joy at the same tone;
And all I loved, I loved alone.
Then- in my childhood, in the dawn
Of a most stormy life- was drawn
From every depth of good and ill
The mystery which binds me still:
From the torrent, or the fountain,
From the red cliff of the mountain,
From the sun that round me rolled
In its autumn tint of gold,
From the lightning in the sky
As it passed me flying by,
From the thunder and the storm,
And the cloud that took the form
(When the rest of Heaven was blue)
Of a demon in my view.



terça-feira, 9 de novembro de 2010

Sign. Sometime's all we need.

As vezes o mundo fica muito grande pra mim.

É justamente isso de eu não saber o que devo falar, ou como devo falar, quando estou falando com você que me intriga. Essa repetição, entende? Isso de poucas palavras serem capazes de chegar ao ponto que eu quero chegar. De nada adianta essa certeza de que é fugir da minha sanidade me entregar de vez a este relacionamento estranho e bizarri em que a gente vive. Não sei se o pior é saber que é insensato, ou de achar ainda mais interessante por ser insensato. Você me assusta. Assusta, encanta, fascina e faz com que eu me sinta cada vez mais presa às suas surpresas e necessitada da sua presença. Ah, sua presença, que falta que ela me faz. E olha que eu falando assim até parece que eu te tive algum dia, muitos dias, quem sabe. Mas eu preciso. Um abraço seu, um beijo seu, olhar o teu rosto horas a fio sem dar por conta e depois ficar rindo da minha cara de idiota apaixonada que não consegue tirar os olhos do ser adorado, haha. Sabe que acho que isso soa engraçado? Justamente isso de eu, que nunca gosto ninguém, gostar tanto de você e da situação ser exatamente essa que é. Se é que é, não duvido que você seja fruto da minha imaginação. E me perturba saber que as pessoas não me levam a sério, não nos levam a sério. E passo noites inteiras acordada pensando se você acredita na gente, como eu acredito, sabe? Se você acredita que sim, isso pode e vai ser um amor pra vida inteira e que a gente se encaixa perfeitamente e que não haverá defeito nenhum onde nós estaremos juntos e que tudo é perfeito com você. E você tem que ser meu. E são tantos "es", tantos acréscimos, que eu fico a me questionar sobre como alguém pode me ACRESCENTAR como você acrescenta. Como você faz de uma frase tola parecer a mais bela declaração de amor. Choro. Muito. Na verdade não sei por que. Às vezes penso que é de vontade de que você estivesse aqui e de que nós não tivemos nascido tão longe um do outro, outras vezes penso que é de saudade, na maioria dos casos é por medo de não te ter nunca e de nunca poder por em prática cada um dos planos que eu já fiz pra nós dois. Sinto-me uma criança inocente e iludida dizendo isso, mas é real. É a minha realidade. Tenho um milhão e meio de lembranças do que nunca aconteceu na minha mente e gostaria muito de poder compartilhar todas estas com você, além de aumentar outro milhão a esse número. Eu amo você da forma mais bonita, pura, calma e clara que uma pessoa pode amar outra. You must be mine. You already are mine. Não seja só fantasia, te peço. Exista. Exista e não mude. Eu não conseguiria suportar uma mudança tua. Não me esqueça e permita que eu seja pra você o que você é pra mim, é só o que eu te peço. Dê tempo a nós dois. Dê tempo ao nosso amor. Durma bem.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Uma nota sobre a saudade

                Porque justamente quando que eu liguei o computador pra falar sobre saudade, a essa hora da madrugada, eu recebi uma mensagem transbordante de carinho e afeto que me arrancou um sorriso do rosto e um aperto no coração. Talvez por isso eu me questione a respeito do que a saudade seria, senão uma falta enorme de um alguém que esteve presente um dia e agora não está mais. Também questiono como algo assim pode ferir tanto a gente e nos fazer sentir como se fôssemos desabar num choro imenso a qualquer momento. Outro ponto a ser ressaltado, diante à pessoa digna disso que eu sinto agora, é como algumas horas ao lado de alguém, com tão poucas palavras trocadas e com um tempo sem se ver tão superior ao que estivemos juntas, pode ter se tornado tão importante para mim. E por mais que isso doa, é tão bonito de se ver, de se viver. Tanto que esse texto mais tem que parecer com um agradecimento por não ter saído da minha vida e por manter essa telepatia que existe entre a gente sempre ativa como agora. Vou fazer de tudo e mais um pouco para que nós nos vejamos em breve, até porque 370 km não são nada quando posto em pauta o significado que você tem pra mim. Sua amizade é fundamental e perdoe-me por eu ser assim, esquisita e ausente, mas saiba que isso não diminui em nada o quanto gosto de você. 

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Parece que o amor chegou aí...


Eu não estava lá, mas eu vi.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Reflections of a Skyline

“E eu quero brincar de esconde-esconde, te emprestar minhas roupas, dizer que amo seus sapatos, sentar na escada enquanto você toma banho, e massagear seu pescoço. E beijar seu rosto, segurar sua mão e sair para andar. Não ligar quando você comer minha comida, e te encontrar numa lanchonete p’ra falar sobre o dia. Falar sobre o seu dia e rir da sua, sua paranóia. E te dar fitas que você não ouve, ver filmes ótimos, ver filmes horríveis. E te contar sobre o programa de TV que assisti na noite anterior e não rir das suas piadas. Te querer pela manhã, mas deixar você dormir mais um pouco. Te dizer o quanto adoro seus olhos, seus lábios, seu pescoço, seus peitos, sua bunda. Sentar na escada, fumando, até seus vizinhos chegarem em casa, sentar na escada, fumando, até você chegar em casa. Me preocupar quando você está atrasado, e me surpreender quando você chega cedo. E te dar girassóis e ir à sua festa e dançar. Me arrepender quando estou errado e feliz quando você me perdoa. Olhar suas fotos e querer ter te conhecido desde sempre. Ouvir sua voz no meu ouvido, sentir sua pele na minha pele, e ficar assustada quando você se irrita. Eu digo que você está linda, e te abraçar quando você estiver aflita, e te apoiar quando você estiver magoada, te querer quando te cheiro, e te irritar quando te toco e choramingar quando estou ao seu lado. E choramingar quando não estou. Debruçar-me no seu peito, te sufocar de noite e sentir frio quando você puxa o cobertor e sentir calor quando você não puxa. Me derreter quando você sorri, me desarmar quando você ri. Mas não entender como você pode achar que estou rejeitando você quando eu não estou te rejeitando, e pensar como você pôde pensar que eu te rejeitaria. E me perguntar quem você é, mas te aceitar do mesmo jeito. E te contar sobre o “tree angel”, “o menino da floresta encantada” que voou todo o oceano porque ele te amava. Comprar presentes que você não quer e devolvê-los denovo. E te pedir em casamento, e você dizer “não” denovo mas continuar pedindo, porque embora você ache que não era de verdade mas sempre foi sério, desde a primeira vez que pedi. Ando pela cidade pensando. É vazio sem você mas eu quero o que você quiser e penso. Estou me perdendo, mas vou contar o pior de mim e tentar dar o melhor de mim porque você não merece nada menos que isso. Responder suas perguntas quando prefiro não responder, e dizer a verdade mesmo que eu não queira, e tentar ser honesto porque sei que você prefere. E achar que tudo acabou, espera só mais dez minutos antes de me tirar da sua vida. Esquecer quem eu sou e me deixar tentar chegar mais perto de você. E de alguma forma, de alguma forma, de alguma forma compartilhar um pouco do irresistível, imortal, poderoso, incondicional, envolvente, enriquecedor, agregador, atual, infinito amor que eu tenho por você.”