quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Sempre vai estar certo

E depois de uma tarde de quem sou eu
E de acordar a uma hora da madrugada em desespero
Eis que as três horas da madrugada eu me acordei
E me encontrei.
Simplesmente isso:
Eu me encontrei calma, alegre
Plenitude sem fulminação
Simplesmente isso.
Eu sou eu
E você é você
É lindo, é vasto.
Vai durar!
Eu sei mais ou menos
O que vou fazer em seguida
Mas por enquanto
Olha pra mim e me ama.
Não,
Tu olhas pra ti e te amas.

É o que está certo.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

I guess so


Maybe poets are right. Maybe love is the only answer.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Nem um dia é seguro sem notícias suas

"Quando acordei esta manhã no quarto úmido e escuro, ouvindo o tamborilar da chuva por todos os lados, tive a impressão de que havia sarado. Estava curada das palpitações no coração que me atormentaram nos últimos dois dias, praticamente impedindo que eu lesse, pensasse ou mesmo levasse a mão ao peito. Um pássaro alucinado se debatia lá dentro, preso na gaiola de osso, disposto a rompê-lo e sair, sacudindo meu corpo inteiro a cada tentativa. Senti vontade de golpear meu coração, arrancá-lo para deter aquela pulsação ridícula que parecia querer saltar do meu coração e sair pelo mundo, seguindo seu próprio rumo. Deitada, com a mão entre os seios, alegrei-me por acordar e sentir a batida tranquila, ritmada e quase imperceptível de meu coração em repouso. Levantei-me, esperando a cada momento ser novamente atormentada, mas isso não ocorreu. Desde que acordei estou em paz."

sábado, 17 de setembro de 2011

So you think you can tell

Confesso que rio cada vez que pego a caneta e o papel, e penso em você. Esse prazer masoquista de te escrever, mesmo quando as coisas não estão ruins. Talvez eu ria por estar mais tranquila agora, talvez por estar mais desesperada que todas as vezes anteriores... Mas eu me vejo sorrindo, e isso já é uma mudança. Fico presa em devaneios acerca de tudo que eu já me questionei tantas outras vezes, principalmente acerca de eu estar abrindo mão do meu orgulho. E vejo como tenho sido contraditória nos últimos dias. É uma auto-sabotagem bonita. Por mais que seja doente, é admirável. Essa coragem de arriscar de novo. De dar uma nova chance. Mesmo que tudo desande desde o princípio. Chego a pensar que é nossa sina viver assim, nessa inconstância. Tendo apenas uma coisa em comum. E essa coisa sendo pra mim tão mais importante do que todas as cicatrizes que você me deixou e me deixa. Que esse amor, por mais que absurdo, ainda faz algo dentro de mim pulsar e eu imaginar um mundo lindo lá fora. Não fora da casa, mas fora de mim. E dentro de mim também. Um mundo em que eu já estive, que – sem brechas para dúvidas – é o que eu quero estar.  Um mundo que faz O mundo parar de girar por horas, em que eu não penso tanto nos problemas, em que eu me sinto segura e, algumas vezes, até feliz. Eu tenho medo dessa felicidade, de onde ela pode me levar. De até onde eu sou capaz de ir para estar naquele lugar de novo. Naquele lugar que acho que já estou. Um lugar que me assusta e atrai. Onde eu até ouço Pink Floyd sem chorar, é fantástico. Mas eu estou tão assustada, fico imaginando se não seria mais inteligente e sensato da minha parte continuar com meus pés bem fixos no chão e direcioná-los para a porta de saída enquanto ainda é tempo. Então é aí que vem a certeza: não tem porta de saída NENHUMA. Há mais de um ano eu buscava em vão uma saída, como se fosse fácil. Tudo que é bom tem um preço alto. E eu já paguei esse preço tantas vezes antes. Será que valeu a pena? Será que vale ou valerá a pena? Por que eu continuo me arriscando tanto por você? Porque eu te amo. Porque não é segredo pra ninguém. Mesmo que tu finjas que não sabes e banque o surpreso cada vez que eu te fale. Eu sei que sempre fui a esquisitinha. A anti-social problemática que surgiu na sua vida do nada e desejou acima de tudo um espaço. Por mínimo que fosse, ela se acomodaria em qualquer lugar. E eu me acomodei. O problema é que só me desfaço desse espacinho tão pequeno que me foi dado, no dia que você me expulsar. Mas você não expulsa. Prefere me ver ali, presa numa caixinha que mal me cabe, que mal consigo respirar, do que me mandar ir embora. No final das contas, eu sou insana, porque não só me satisfaço como agradeço por você me manter ali. Por mais que tenha doído e ainda doa tantas vezes. Todavia, a esperança de viver de novo naquele mundo de novo me inunda e faz eu jogar tudo pra cima, sem me importar se aquilo tudo for cair sobre minha cabeça. Eu mudei tanto de uns tempos pra cá. A dor me ensinou tanta coisa. Falando assim até parece que eu não convivia com ela antes, mas sem você por perto ela me abraçou ainda mais forte. E não quer ir embora. Depende de você. Por isso que eu peço: ou vá, ou fique. E repito: fique. Não me deixe ir, se realmente me amar. Por favor, não me deixe, não me perca, eu não quero ir. Porém, não me ofereça um falso amor. Já tenho tantas marcas... Se for pra ser como foi, avise-me. Sutilmente. Da maneira que eu lhe ensinei, lembra? Aquelas desculpas que a gente dá quando não quer mais alguém em nossa casa. Eu vou entender. E pode doer, pode sangrar... não vou falar que não tenho medo, pois tenho. Sou quase um bichinho arisco. Mas eu já te perdi outras vezes. Nem sei se dessa vez te tenho. Não esqueça de me lembrar se realmente eu sou bem vinda nesse mundo, no seu mundo, no nosso. No nosso amor. Tão velho, tão imperfeito, tão doloroso e – acima de qualquer outra coisa – tão real.

I do.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Nothing?

There's one thing I want to say, so I'll be brave:
You were what I wanted
I gave what I gave
I'm not sorry I met you
I'm not sorry it's over
I'm not sorry that's nothing to say
I'm not sorry that's NOTHING to save.

sábado, 10 de setembro de 2011

In sight or inside?

So, at this time, I finally discovered that hell, just like heaven, can be not just in our sight, but inside of us. And it hurts. Hurts a lot. I fell tired, lost and completely broken. Anyway, I know that's just the beginning, that's not the moment to complain, not yet. I'll suffer. Just like I was doing those days. Now I can fell they so close, sooo close. Bumping in me in a way that make me fall. I'm still falling. I'm still breaking my heart. I'm still a heartbreaker. And I'm so sorry about that, but I can do nothing. That's the monster who I've always been. The same monster that I'll continue being. Forever.



Além das possibilidades. Do tempo e da memória.

Que é que eu vou fazer pra te esquecer?
Sempre que eu já nem me lembro, lembras pra mim
Cada sonho teu me abraça ao acordar
Como um anjo lindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nenhum adeus vai apagar...
Que é que eu vou fazer pra te deixar?
Sempre que eu apresso o passo, passas por mim
E o silêncio teu me pede pra voltar
Ao te ver seguindo
Que é que eu vou fazer pra te lembrar?
Como tantos que eu conheço e esqueço de amar
Em que espelho teu, sou eu que vou estar?
Ao te ver sorrindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nenhum adeus vai apagar...

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Sem atraso, ou com, vai saber

“Um dia desses, eu separo um tempinho e ponho em dia todos os choros que não tenho tido tempo de chorar, mas hoje não.” 

E separo um dia pra mim. Para rever meus pensamentos. Para repensar minhas escolhas. Para decidir se é ou não melhor escolher. Para criar uma idéia base do que significa ser melhor. Para descobrir o que eu sou. Quem eu sou. Para não magoar ninguém, inclusive eu. Para tirar o dia de cama e a noite também. Para olhar as estrelas. Para pensar no que era. No que é. No que vai ser. E, principalmente, se vai ser. E também quanto ao objeto das orações anteriores. Um dia desses eu vou acreditar, vou duvidar, vou sofrer tudo de novo e vou deixar o sofrimento de lado. Vou ficar indiferente. Por mais que isso já seja inerente a mim. Vou me mostrar, vou querer que você se mostre. Vou deixar todos os meus sentimentos à flor da pele, no mesmo momento em que vou constatar que não tenho sentimentos. Que nunca tive, tampouco terei. Vou comprar roupas novas, mudar o cabelo, mudar o tom de voz, o jeito de andar, o jeito de compreender ou deixar de compreender as coisas. Vou sinalizar sutilmente, sem acreditar em sinais. Seria isso um sinal? Toda essa mudança. Essa mudança que eu só planejo, planejo e nunca vem. Até porque eu não quero mudar. Só preciso, mas não quero. Eu só quero deitar naquela velha rede, olhar a praia e sentir o vento. Não esquecendo momento nenhum de todas as minhas responsabilidades. E viver o hoje pensando no amanhã, o que me leva, diretamente, a não viver o hoje. Ir assim adiando a vida, deixando pra mais tarde, pra amanhã, pra depois, pro mês que vem. Para que tudo aconteça num dia. Algum dia. Seja de um futuro breve ou não. Com a esperança apenas de que não seja tarde demais.