sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Strawberry Swing

"Now the sky could be blue, could be grey
Without you I'm just miles away.
Oh, the sky could be blue, I don't mind!
Without you it's a waste of time."

=)

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

mad about you


 "Dizem que um dos dois sempre ama mais, meu Deus, quem dera não fosse eu!"

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Das convicções

Convicção é a crença de estar, em algum ponto do conhecimento, de posse da verdade absoluta. Esta crença pressupõe, então, que existam verdades absolutas; e, igualmente, que tenham sido achados os métodos perfeitos para alcançá-las; por fim, que todo aquele que tem convicções se utilize desses métodos perfeitos. Todas as três asserções demonstram de imediato que o homem das convicções não é o do pensamento científico; ele se encontra na idade da inocência teórica e é uma criança, por mais adulto que seja em outros aspectos. Milênios inteiros, no entanto, viveram com essas pressuposições pueris, e delas brotaram as mais poderosas fontes de energia da humanidade. Os homens inumeráveis que se sacrificaram por suas convicções acreditavam fazê-lo pela verdade absoluta. Nisso estavam todos errados: provavelmente nenhum homem se sacrificou jamais pela verdade; ao menos a expressão dogmática de sua crença terá sido não científica ou semicientífica. Mas realmente queriam ter razão, porque achavam que deviam ter razão. Permitir que lhes fosse arrancada a sua crença talvez significasse pôr em dúvida a sua própria beatitude eterna. Num assunto de tal extrema importância, a "vontade" era perceptivelmente a instigadora do intelecto. A pressuposição de todo crente de qualquer tendência era não poder ser refutado; se os contra-argumentos se mostrassem muito fortes, sempre lhe restava ainda a possibilidade de difamar a razão e até mesmo levantar o credo quia absurdum est [creio porque é absurdo] como bandeira do extremado fanatismo. Não foi o conflito de opiniões que tornou a história tão violenta, mas o conflito da fé nas opiniões, ou seja, das convicções. Se todos aqueles que tiveram em conta a sua convicção, que lhe fizeram sacrifícios de toda não pouparam honra, corpo e vida para servi-la, tivessem dedicado apenas metade de sua energia a investigar com que direito se apegavam a esta ou àquela convicção, por que caminho tinham a ela chegado: como se mostraria pacífica a história da humanidade! Quanto mais conhecimento não haveria! Todas as cruéis cenas, na perseguição aos hereges de toda espécie, nos teriam sido poupadas por duas razões: primeiro, porque os inquisidores teriam inquirido antes de tudo dentro de si mesmos superando a pretensão de defender a verdade absoluta; porque os próprios hereges não teriam demonstrado maior interesse por teses tão mal fundamentadas como as dos sectários e "ortodoxos" religiosos, após tê-las examinado

Muita

domingo, 9 de outubro de 2011

Am I crazy or is this more than a crush?

Eu só queria que essa sensação de estar destruindo minha vida fosse embora. Mas como vai embora se eu sei que no fundo, por mais que doa, essa é a verdade? Que por mais que eu fuja, que eu me engane, que você me engane, eu sempre acabo sabendo a verdade. E sempre dói do mesmo jeito que doeu da primeira vez. E da segunda. E da terceira... O problema é que eu não canso de tentar, que eu não tenho coragem de lutar contra mim mesma e colocar de vez uma boa dosagem de juízo em minha cabeça, aquela mesma que eu perdi desde que você surgiu. Só posso estar ficando louca. Eu tento mudar, você sabe, eu até mudo, por você. É tão triste ver que só eu mudo, sempre, só eu, sempre só. Sem notar nenhum esforço, por mínimo que seja, da sua parte. Sem adiantar eu mentir pra mim mesma e repetir mentalmente que você está diferente e que dessa vez vai ser diferente, porque a única coisa diferente dessa vez é que eu não estou escondendo minhas fraquezas. E de que adianta tanto amor por você e nenhum amor próprio? Talvez numa outra encarnação, quem sabe, você me valorize. Você deixe de ser tão infantil e imediatista e também pense no amanhã, ao invés do agora. Não é mania de planejar, não é tão somente só meu perfeccionismo, como você fala: é bom senso. É respeito. É carinho. É abrir mão de algo que não importe tanto por alguém que faça de tudo pra importar. E eu faço, poxa. E eu acho que se não importasse, eu nem precisaria escrever isso agora. Nem precisaria estar de cabeça cheia, mais uma vez, por sua causa. Só estaria no meu estado niilista de toda a vida, curtindo minha indiferença num dia de domingo como outro qualquer... Não consigo enxergar as coisas como você. Talvez, se eu nascesse de novo, poderia dar certo. Dar completamente certo, me entenda. Sem precisar ter tanta dor dividindo espaço com você. Talvez, se você nascesse de novo, eu nem precisaria ter tanto pé atrás. Eu não precisaria ficar insegura a semana inteira, só esperando o minuto em que você me decepcionaria de novo, só pra manter o costume, só por hábito. E você ainda reclama que eu não paro de reclamar. Quem está mais errado dos dois? O que faz mal ao outro ou o que faz mal só a si próprio? Reflita sobre isso. Durma bem.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Paradise

"When she was just a girl
She expected the world
But it flew away from her reach
So she ran away in her sleep
Dreamed of paradise
Every time she closed her eyes"


É tudo uma questão de estado de espírito, sempre e indubitavelmente. A questão é que é algo inédito, embora tudo igual. Aquela mesma sensação de indiferença em relação à vida e ao mundo. Mas está tudo tão bonito e tão feio ao mesmo tempo. Acho que isso é o que as pessoas chamam de vida real. Será que, depois de uma vida inteira nas costas, eu finalmente estou deixando minha mania de Alice no país das maravilhas de lado e tentando ter um cotidiano sem histórias mirabolantes e aventuras fantásticas? Não quero criar expectativas. Também assumo que a realidade não me decepcionou tanto, talvez fosse até melhor do que eu supunha. O mundo que eu criei pra mim é mais sombrio, então eu esperava que – de tanto as pessoas reclamarem – isso aqui fosse bem pior. Não, eu não estou falando que é fácil, não estou falando que é ideal. Passa longe de ser. Mas é tão... normal. Tão como eu sempre supus. Eu tinha tanto medo de voltar pra cá, fugi tanto disso. Agora eu penso: era só isso? Era disso que eu tinha medo? Porra, planeta Terra, eu te superestimei demais. Em alguma parte da minha cabeça há um quarto cheio de relógios com o intuito apenas de me lembrar que o tempo está passando, que eu não posso continuar na mesma, que não sou mais a menininha assustada de treze anos. Tenho que começar a encarar as coisas como uma mulher de verdade. Só que lutar contra meus próprios demônios sempre foi tarefa que a menina soube lidar tão bem, sofrendo, chorando, querendo fugir às vezes, mas eu cresci. Eles diminuíram, eu acho. Foram embora. Desistiram de querer me roubar de mim. Ou talvez sempre tenham sido tão pequenos e eu os fiz grandes para não ter que encarar essa realidade tão banal, tão previsível e sem graça. No fim das contas, a menininha assustada e solitária no canto do quarto, era mais corajosa do que a Vanessa Adulta de Salto Alto Tentando Fugir da Fantasia. Ela encarava tudo. Eu não tenho o que encarar. Pode ser que nem seja covardia da minha parte, é que é tão pequeno. Essa indiferença sufoca. Quero demônios à minha altura. Não cresci à toa. Não quero voltar à utopia. Não quero me esconder embaixo do cobertor e passar a noite inteira narrando contos macabros para os meus ursinhos de pelúcia. Talvez eu tenha lido tragédias demais, visto muitos filmes de drama, escutado muito blues... mas é que agora me parece simples. Simplesmente simples. Essa era a pior descoberta que eu poderia ter feito em toda a minha vida. Eu viajava por tantas galáxias nos meus pensamentos. E agora é como minha mente fértil tivesse sido roubada de mim e eu só consigo acreditar no palpável. Mais racional do que nunca. Pior do que nunca. Mais vazia do que nunca. Mas está tudo bem. Eu resolvi tudo. As coisas ficaram claras e eu fico feliz por isso. Fico feliz por finalmente conseguir levar uma vida normal como a de qualquer outra pessoa. Se eu continuar desse jeito, capaz de daqui a uns meses por como metas na vida casar e ter filhos. É, eu já fui melhor. Já planejei dominar o mundo, já dominei o mundo tantas vezes. Que deprimente. Triste fim de Vanessa Isis. Eu simplesmente não consigo acreditar que estou contente com isso, não dá! Pior seria se eu continuasse forjando problemas que não tenho, só pra conseguir manter a mente ocupada. Nada está perfeito, mas as coisas estão certas. É assim. Seria dramatizar demais, fazer muita tempestade em copo d’água. Qual o meu problema? Hum... deixa eu pensar. Eu já me dei melhor na vida acadêmica. É, acho que só isso. Então... Qual a grandeza disso? Até onde isso vai me afetar? Gosto de preocupações, cara. Gosto de ter problemas pra pensar. Não sei se a palavra é “gosto”, acho que só me aceito mais assim. É uma questão de aceitação. Desde as minhas primeiras lembranças da vida, as coisas eram piores. Sempre fui mais fechada, sempre fui mais egoísta, agora eu me rendi. Igualzinha a outra metade do mundo, só aceitei. Ah, não, eu não posso ser só mais uma acomodada. Tampouco posso deixar que essa sensação de ser errado ter se acomodado e estar feliz me leve à loucura. Consegue ver? Eu estou procurando algo pra esquentar a cabeça. Talvez seja como minha mãe diz: eu só preciso de uma boa dose de sofrimento de verdade pra parar de reclamar da vida. Não nasci para clichês de felicidade. Gosto de choro, gosto de dor, gosto da minha depressão, gosto de viver daquele jeito, no meu mundo idealizado à la “As crônicas de Nárnia”. Meu problema é esse: gosto de coisas fantásticas e a trivialidade dessa vida me cansa muito. Talvez eu precise de tempo, para conseguir que minha mente finalmente descanse depois de dezenove anos de reclamações constantes e de motivos constantes para reclamações. É só uma mudança no estilo de vida. Daqui a uns dias pode ser que eu goste de viver assim. Se não? Ah, se não eu vou jogar tudo pra cima mais uma vez e procurar algo que me interesse, algo que me faça voltar à minha viagem constante a tantos universos. Se não eu vou me dar um tapa na cara e desistir. Teimosa como sou, até vejo lógica em pensar que vou desistir. Eu me canso dessa minha bipolaridade, são duas escrevendo aqui. Elas não se dão bem, é. As duas Vanessas não coexistem mais tão bem assim, está tudo equilibrado demais: eu preciso da minha dose de desequilíbrio e uma pitada de novela mexicana para animar as coisas. É, eu vou conseguir.